| Após um período de baixa no movimento causado pelas enchentes e consequentes bloqueios de estradas e aeroportos, empresa recebeu o triplo de visitantes no último mês na comparação com junho. Companhia deve reabrir dois espaços até final de agosto e projeta bom fluxo de turistas no fim de ano |
| A Cooperativa Vinícola Aurora registrou aumento no fluxo de turistas no último mês. Após um período de baixa em maio e junho em função dos estragos causados pelas enchentes, que causaram bloqueio de estradas e fechamento de aeroportos, o número de visitantes em julho chegou a 14,4 mil, quase o triplo do movimento registrado no mês anterior. Os dados são referentes as três unidades da cooperativa que possuem atrativos: a Matriz e Vale do Vinhedos, em Bento Gonçalves, e em Pinto Bandeira.
Para alavancar ainda mais o enoturismo na cooperativa que é pioneira na atividade no pais – em 1967 abriu as portas para experiências do mundo do vinho e do suco de uva -, até o final deste mês serão reinauguradas duas salas de degustação na unidade Matriz, em plena área central de Bento Gonçalves. Uma delas é a tradicional Cave di Bacco, que desde a década de 1980 recebe milhares de turistas todos os anos. Ana Maria de Paris Possamai, gerente de Turismo da Aurora, projeta a consolidação da retomada para os próximos meses, especialmente com o acréscimo de turistas de outros estados. Ana diz que os moradores do Rio Grande do Sul e Santa Catarina foram a maioria no mês de julho e aposta na reabertura do aeroporto Salgado Filho como um fator para que turistas de outros estados venham para a Serra Gaúcha. “A retomada da atividade turística está intrinsecamente ligada ao restabelecimento dos acessos e a reabertura do aeroporto, prevista para outubro. A reconstrução dos acessos requer maior tempo e, neste período, está sendo necessário nos readaptarmos”, informa Ana. A gerente acrescenta que, além das salas de degustação, até o final de setembro deverá ser apresentado um novo espaço com capacidade para até 80 pessoas. “Esse local fica no terceiro andar da Matriz e poderá atender eventos corporativos e também grupos de turistas que desejam realizar cursos de harmonização e de degustação. Esses movimentos, somados a reabertura do aeroporto Salgado Filho, nos dão um alento de que poderemos ter um bom fluxo de visitantes para o período de fim de ano”, acredita. Turismo de experiência Atualmente, a Aurora oferece 10 experiências, distribuídas nas unidades Matriz e Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, e em Pinto Bandeira, ambos na Serra Gaúcha. Na Matriz os turistas podem realizar a visita de forma gratuita, num roteiro que aborda desde a fundação da cooperativa até os lançamentos da marca. No mesmo local ainda é oferecido minicurso de degustação. No Vale dos Vinhedos são realizadas degustações das linhas premium e super premium, além de harmonizada com chocolates. Já na unidade de Pinto Bandeira são oferecidas experiências ao ar livre, em meio aos vinhedos, como o Wine Walk e piquenique nos jardins.
FOTOS
Legenda 1 e 2: Salas que serão reinauguradas ficam na unidade Matriz, em Bento Gonçalves Crédito: Eduardo Benini
Legenda 3: Turismo de experiência inclui desde o tradicional passeio na Matriz até cursos de degustação Crédito: Zéto Telöken |
Balança comercial paranaense tem superávit de US$ 294 milhões em julho, impulsionada por exportações de soja e frango
Estado ocupa 5º lugar no ranking nacional de corrente de comércio, com US$ 3,8 bilhões movimentados no mês
A balança comercial paranaense registrou superávit de US$ 294 milhões, conforme aponta o Boletim do Comércio Exterior produzido pelo Departamento Econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). O montante representa um aumento de 39,3% em comparação a junho, com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). A corrente de comércio foi de US$ 3,8 bilhões em julho, com fluxo de bens inferior ao mês anterior em US$ 14,1 milhões.
A corrente de comércio do estado, que totalizou US$ 3,8 bilhões em julho, apresentou redução de US$ 14,1 milhões no fluxo de bens em comparação ao mês anterior. No entanto, de janeiro a julho de 2024, as exportações paranaenses alcançaram US$ 13,6 bilhões, destacando-se a soja e seus derivados, que somaram US$ 3,5 bilhões; o frango e outras aves, com US$ 2,1 bilhões; e o açúcar, com US$ 708 milhões.
“O setor externo da economia paranaense mostra-se vigoroso. Em julho de 2024, o saldo da balança comercial foi de US$ 294 milhões, com uma corrente de comércio de US$ 3,8 bilhões”, observa o economista e assessor econômico da Fecomércio PR, Lucas Lautert Dezordi.
Considerando o volume total da corrente de comércio (exportações mais importações) no mês de julho, o Paraná foi responsável por 7% das transações comerciais do Brasil, ocupando a 5ª posição no ranking nacional. “Esse resultado foi impulsionado principalmente pela expressiva participação das exportações paranaenses, que totalizaram US$ 2,05 bilhões”, analisa Dezordi.
Principais produtos comercializados
Apresentaram desempenho positivo em julho na comparação com o mesmo período do ano anterior as exportações de produtos como miúdos comestíveis de galos e galinhas (32,9%), madeira (112,0%), e automóveis (516,7%). O maior destaque foram açúcares de cana e sacarose quimicamente pura, cuja exportação para a Holanda disparou impressionantes 2.283.416,5%.
Entre os principais produtos importados pelo Paraná as altas mais expressivas foram de medicamentos (150,0%), adubos e fertilizantes (265,4%), soja (746,3%), principalmente vinda do Paraguai, e trigo (491,5%), proveniente do Paraguai e da Argentina.
Principais parceiros comerciais
Os principais destinos das exportações paranaenses em julho foram China, Estados Unidos, México e Argentina, com ênfase na exportação de soja e seus derivados, frango em pedaços e miúdos, automóveis e madeira. Comparado ao mesmo mês do ano anterior, houve uma significativa elevação nas exportações para a Colômbia (128,2%), Itália (119,4%), Geórgia (456,9%) e Egito (240,1%), com destaque para produtos como açúcar, suínos, frango em pedaços e miúdos, automóveis e madeira.
Quanto às importações, os principais países de origem foram China, Rússia, Estados Unidos, Dinamarca e Argentina, com produtos como adubos e fertilizantes, células fotovoltaicas, diesel, petróleo, tratores, medicamentos, enzimas e automóveis liderando as compras externas do Paraná.
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